” É como uma muralha recortada em tons verde de uma densa mata tropical caindo abruptamente na praia ” (visão do mar)
Como toda corrida de montanha as subidas parecem sem fim e nas descidas não adianta acelerar porque o tombo pode ser grande. Então seguimos em direção ao litoral de São Sebastião para este desafio na Serra do Mar.
O domingo amanheceu ensolarado na praça do pôr-do-sol. Os corredores aguardavam a largada na praia de Boiçucanga onde tive a sensação de estar com os pés presos na areia fofa e inclinada da praia.
Deixando para trás o barulho das ondas, seguimos um pequeno trecho de asfalto até a estrada do Cascalho encontrar o rio Boiçucanga. Em quase um quilometro de extensão, a estratégia era tentar correr no leito do rio e nas partes mais rasas.
A empolgação era grande entre os corredores quando iniciamos a parte seca do percurso. Retornamos numa estradinha de terra e depois entramos nas trilhas. No início da trilha da praia Brava a subida era constante numa forte variação altimetrica.
A Serra do Mar revelou o inesperado como o canto estridente de uma araponga, a floração do manacá da serra e no topo da trilha avistamos o mar e a praia. Neste ponto chegamos ao “down hill” em ondas, descida da trilha do Oleoduto da Petrobrás, uma descida íngreme com ondulações até o nível do mar.
Faltando uns dois quilômetros retornamos ao trecho de areia num esforço final até o portal de chegada. Como premio merecido fui para um banho no mar!
Fotos: Fabio Andrade, Wladimir Togumi e Kleber Luz.